
Recolhi em mim mesma, queria entender coisas que não me entristeciam. Coisas como a busca desenfreada que as pessoas têem com novidades, novas mensagens, novas orações, novos canais, novos exercícios espirituais, novos “mestres”, novos nomes e palácios. É uma busca ensandecida ao “novo” mesmo que o novo seja uma palavra trocada, uma vírgula, parece que foi perdido o espírito de vivificar a letra, renovando-a. E comparei a mente a um trem sobre os trilhos sujeita a novo rumo ao sopro de qualquer impulso. Se chegar novidade lá vão “os trens” em disparada pelos seus trilhos numa corrida insana ao toque de um click. Chegam a estação caiada, até outra estação ser anunciada e parte os trens e assim sucessivamente. Parecem crianças que ganharam uma rede ferroviária e tendo outros amiguinhos para brincar de trenzinho se entregam a uma frenética corrida de quem chegará primeiro a “nova estação” recém criada.
- Piiuiiíííí!!! Choc, choc, choc, choc! Piiiiiuííííí!
Trens vão e vem de um lado para outro buscando, será que o “ouro” do saber? O conhecimento espiritual? Que busca é está a cada anunciação? E trens trafegam pela rede numa busca incansável, incessante. Tempo! De estação em estação é consumido o precioso tempo, mas por serem crianças o tempo talvez ainda não seja precioso, não seja urgente. É o que eu peço em minhas orações, que o tempo para estes não seja cruel.
Não coloquei aqui o trilho que se escolheu, seja qual for, que seja sua linha final, seu pouso onde possa plantar as sementes e que não sejam dormentes.
Porque é triste demais ver pessoas queridas deixar sua mente que devia ser a locomotiva ser apenas um vagão a acoplar a outros, ficando a vagar pelos trilhos desconhecidos e obscuros ao longo de suas jornadas.
E estes me oferecem trilhos, quando não encaixe para acompanhar outros vagões por e-mails, e outros meios que nem preciso especificar, para que eu pegue o trem e direcione a nova estação, porque nesta “nova estação” está o mestre, canal, mensagem quentinha que acabou de sair do forno.
Fico muitíssimo agradecida pela lembrança, mas a minha mente, o meu trem já tem um eixo e uma bússola e sempre me norteando para o Cristo. Não busco trilhos que me levem a mina do ouro, porque sei que esta mina de ouro não está em locais, mapas exteriores e sim dentro de nós mesmos. Que não podemos ficar eternamente sobre trilhos de estação em estação, porque o tempo urge.
Não quero trilhos prontos, quero pegar meu carrinho de mão e colocar nele pá, enxada, dormentes, sementes e sair pelo caminho fazendo o meu trilho, levando o meu trem sob o Eixo do Mestre Jesus.
Quero fazer o mesmo traçado que Ele fez, quero jogar as sementes, quero cuidar delas, não quero ser indiferente.
Não quero tapagens de estações fictícias, e nem a luz artificial que pode proporcionar que meus olhos lêem ou vejam as “mensagens e seres iluminados”, mas passageiras e infrutíferas.
Eu quero a cruz do caminho, o peso das escolhas, quero a sombra mesmo que possibilite uma queda, ou a luz que venha a vislumbrar após ela.
Não quero o questionamento do por que ancorando a luz e não a luz ancorada? Não quero esse questionamento para mim, não mais. A Luz do Meu Mestre Jesus nunca esteve em palácios e sim no caminho onde os seguidores caminhantes aprendiam acender a própria fogueira.
- Piiuiiíííí!!! Choc, choc, choc, choc! Piiiiiuííííí!
Busco como todos a Estação da Luz, mas eu vou no Eixo que Jesus sustenta e ainda levo um carrinho de mão, estou no caminho e ao sair da cidade sigo o que Cristo disse, em tirar o pó das sandálias.
Cada um tem sua busca e não podemos ficar tristes porque as buscas alheias não convergem com a nossa.
E quando já me levantava, Kamael se aproximou de mim como estivesse acompanhando o tempo todo o que se passava comigo e disse.
- Não se esqueça, eles são crianças!
Confirmei que sim piscando os olhos e agradeci ao Mestre, os dormentes, as pedras e o caminho.
Somos crianças despertando e uns demoram mais para acordar...
... Piiuiiíííí!!! Choc, choc, choc, choc! Piiiiiuííííí!
Paz & Bem
Linyth
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RETIRADO DO BLOG RASTRO DE SAL
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Ana Marins
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