3.4.10

PARÁBOLA DA CANDEIA


"Ninguém, depois de acender uma candeia, a cobre com um vaso ou a põe debaixo de uma cama; pelo contrário, coloca-a sobre um velador, a fim de que os que entrem, vejam a luz . Porque nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente. Vede, pois, como ouvis . A medida que usais, dessa usarão convosco, e ainda se vos acrescentará. Pois ao que tem, ser-lhe-á dado; e ao que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado" (Marcos, 4:21-25 ; Lucas , 8:16-18).

Estas palavras do Mestre: "não se deve pôr a candeia debaixo da cama, mas sobre o velador, a fim de que todos os que entrem, vejam a luz", dão-nos a entender, claramente, que as leis divinas devem ser apresentadas por aqueles que já tiveram a fortuna de conhecê-las, pois sem esse conhecimento para usar-se-ia a marcha da evolução humana. Não difundir os princípios cristãos, a fim de dissipar a escuridão da ignorância que envolve as almas, fora esconder egoisticamente a luz espiritual que deve beneficiar a todos. Porém a prudência deve graduar a difusão de todo e qualquer ensinamento à capacidade de absorção daquele a quem se quer instruir, de vez que uma luz intensa demais o deslumbraria, ao invés de o esclarecer.

Cada idéia nova, cada progresso, tem que vir na época oportuna. Seria um desvairo pregar elevados códigos morais a quem ainda se encontrasse em estado de fereza, tanto quanto querer ministrar regras de álgebra a quem mal dominasse a tabuada. Essa a razão por que o Mestre, tão freqüentemente, velava seus ensinos, servindo-se de figuras alegóricas, quando falava aos seus hodiernos. Eram criaturas por demais atrasadas para que pudessem compreender certas coisas. Já aos discípulos, em particular, explicava o sentido de muitas dessas alegorias, porque sabia estarem eles preparados para isso. Como frisa a parábola em tela, "nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente" À medida que o homem vai adquirindo maior grau de desenvolvimento, procura por si mesmos os conhecimentos que lhes faltam, no que são, aliás, auxiliados pela Providência, que se encarrega de guiá-los em suas pesquisas e lucubrações, projetando luz sobre os pontos obscuros e desconhecidos para cuja inteligência se mostre amadurecidos. Os que se acharem mais adiantados, intelectual e moralmente, forem sendo iniciados no conhecimento das verdades superiores, e se valham delas, não para a dominação do próximo em proveito próprio, mas para edificar seus irmãos e conduzi-los na vereda na senda do aperfeiçoamento, maiores revelações irão tendo, horizontes cada vez mais dilatados se lhes descortinarão à vista, pois é da lei que, "aos que já têm, ainda mais se dará”.Quanto aos que, estando de posse de umas tantas verdades, movidos por interesses rasteiros fazem disso um mistério cujo exame proíbem, o que importa "colocar a luz debaixo da cama", nada mais se lhes acrescentará, e "até o pouco que têm lhes será tirado", para que deixem de ser egoístas e aprendam a dar de graça o que de graça hajam, recebido.

A PRETEXTO

A pretexto que são chegados os tempos apregoados por muitos profetas e pelo próprio Cristo, muitos encarnados desculpam suas atitudes egoístas e apostasia moral ou religiosa, dizendo que não há mais esperança ou solução.

Outros ainda tomando para si as vestes de Pilatos, lavam as mãos indiferentes, pois os infortúnios não se dão com seus consangüíneos, ou está além de suas vistas, em alhures distantes de sua pátria.

Muitos que estão entre vós se colocam como verdadeiros juízes, sabedores das leis, e se julgando aptos a aplicá-las em situações diversas.

Diante das guerras, estes relembram os sanguinários combates remotos, e arrematam dizendo: eles merecem.

Diante da fome, da dor e do abandono, estes culpam a sociedade, aos governos e a pretexto finalizam: o povo não sabe votar.

A pretexto que sempre cabe a outrem a iniciativa, a ação, estes em detrimento da própria oportunidade de crescer, evoluir, conspira contra a própria encarnação, tal qual a figueira estéril que passa pela vida sem dar frutos.

E assim passam inoperantes diante das provas dadas na escola Terra.

Não olvidai o concurso que a vida coloca em vosso caminho.

Se o próximo passa por uma prova, não esquecei que também é uma prova para vós, lembrai da Parábola do Bom samaritano.

Não deixe que o egoísmo encerre em pedras o vosso coração, não permitindo assim que este esborrife no próximo, a seiva do amor a ostentar a vida pelo bem servir.

Não deixe que suas mãos sejam galhos sem frutos, frutos que a todos provem.

Não perca mais esta oportunidade nos transmites da carne. Ame, trabalhe, faça enquanto podes!

Não se esqueça que desde do nascedouro o invólucro carnal está destinado à cova, tal qual a semente que morre para a planta nascer. Só o Espírito é imortal, e sua evolução se dá segundo as suas obras.

Responda a sua consciência eterna: o que fazeis?

Soma

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Ana Marins

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